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Como medir o retorno pós implementação de novas tecnologias para áreas enablers?

  • Foto do escritor: Jailson Evangelista
    Jailson Evangelista
  • 31 de mai. de 2021
  • 5 min de leitura

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Um dos primeiros e grandes desafios de se iniciar uma transformação tecnológica com ferramentas emergentes, seja como pessoa física ou como corporação é vislumbrar os ganhos desse investimento e em segundo é conseguir compartilhar dessa crença com seu investidor – No caso da pessoa física, você mesmo ou familiares e no caso de corporações, a alta liderança.

Pois bem, esse não é um desafio de uma única pessoa, são de todas, afinal estamos falando, num primeiro momento de algo intangível! Para isso, a primeira coisa é, no mínimo, entender que essa ação é, sim, investimento e que este tipo de dedicação (tempo e financeira) traz, sim, retornos a curto e a longo prazo, ou seja, não existe perda!

Partindo dessa primícia é possível estruturar em 4 métricas para compilar o ganho, como:


1) Métrica de aculturamento: Como já mencionei antes, a ideia, o objetivo devem estar alinhados de que a transformação é necessária e válida, pois fará uma diferença enorme esse tipo de mindset representando um acolhimento mental, principalmente se nascer do seu investidor (àqueles que te financiam ou líderes) – Em não sendo esse pensamento do seu financiador, você pode fazer o “caminho de trás para frente”, dando visibilidade dos ganhos possíveis, estando seu perfil ou área já envolvida em transformações tecnológicas.

Garantir a confiança do investidor vai facilitar a contabilização do retorno, pois existe uma contabilidade presunçosa baseada somente na credibilidade num primeiro projeto, de forma que quanto mais investidores acreditando que a tecnologia fará a sustentação da sua carreira profissional, bem como seu líder entender que este investimento garantirá agilidade e continuidade do negócio, o que agrega valor ao business core, melhor.


2) Métrica quantitativa: A primeira métrica ela é, de fato, mais intangível pois declina do comportamento, estratégia, exige persuasão, logo, se este não for o melhor caminho para o convencimento, use as métricas quantitativas:

Pessoa Física: Compartilhe com seu investidor como os recrutadores estão divulgando as vagas de analistas e/ou gestores em finanças, DP, fiscal e contabilidade, pois boa parte das posições já requerem conhecimentos tecnológicos de ferramentas emergentes ou relate de que durante as entrevistas já pedem relatos de participação em cases de implementação de ferramentas tecnológicas.

Mostre também, com base em artigos científicos, artigos de especialistas e páginas de empresas especializadas o quanto este novo skill é importante e necessário para a formação e amadurecimento do seu perfil profissional.

Corporativo: Demonstre para seu líder uma atividade morosa, volumosa, aquelas que são impossíveis de se fazer manualmente, de forma ágil sem comprometer deadlines e o compliance com o fisco ou órgãos reguladores; entretanto se feito com uso de tecnologias esse trabalho deixa de ser moroso e passa a ser rentável, inclusive a curto prazo – Tanto a área contábil e financeira, como a fiscal e de departamento pessoal tem essas atividades, inclusive em larga escala. Elenque a apropriação de créditos extemporâneos, não observação de um requisito legal de folha de pagamento, o qual rotineiramente não foi percebido, controles mais assertivos e eficientes de pagamentos e recebimentos, conciliações contábeis de valores originados em diversos sistemas e entre outros.


Outro fator importante para questiona-los é em relação ao quanto se sentem seguros em relação aos dados enviados aos fiscos e órgão reguladores, pois compliance em finanças, fiscal, contabilidade e DP não é só cumprir prazos, mas também manter a qualidade dos dados remetidos – Com essa insegurança, quanto se pode gastar de tempo em revisões de obrigações acessórias e, ainda assim, remeter sem 100% da segurança necessária – Vale lembrar ainda o quanto o fisco e os órgãos reguladores estão tecnológicos na recepção e questionamento de dados remetidos pelo contribuinte, bem como dos altos custos envolvidos em defesas, por advogados, em casos de autuações e notificações.


3) Métrica Qualitativa – Para os projetos mais desafiadores de aprovação, seja por credibilidade ao resultado ou budget, vale direcionar os argumentos para o quesito qualidade. Embora intangível, qualidade é composta de compliance, agilidade e assertividade, resultando em regularidade. Ter qualidade nos processos e fluxos mitiga questionamentos e autuações (isso quando há), gera baixos índices de erros entre obrigações quando confrontadas entre elas pelo fisco (os pavorosos matchs) – Logo, ter tudo isso é investimento, pois se investe na preparação, foca no desenvolvimento de pessoas (técnico e comportamental), o que as motivas e faz com que entreguem resultados com valor agregado (com dados transformados em informações, análises mais críticas, estratégicas, claras e concisas), ou seja, o profissional deixa de só “trabalhar” para o fisco e passa a também, de fato, trabalhar para o business core.

Essa movimentação do profissional de deixar de ser só transacional e ser mais estratégico, demonstra o que se fala em redução de FTE, que não é o desemprego, mas o emprego dos seus conhecimentos em atividades que agregue a Cia, logo, reduz do transacional e aplica no estratégico.


4) Métrica Financeira: Depois da implementação de alguns projetos, você conseguirá mais facilmente mostrar os ganhos financeiros, de forma que um RPA mais sofisticado, um chat bot com inteligência artificial, programações em python entre outras ferramentas emergentes e com custos mais altos serão bem-vindos, pois o mindset já estará transformado, facilitando entender que essa transformação trará savings de tempo e de dinheiro.


Essas derivações de métricas (1 a 3) são chaves para internalização da tecnologia em ambientes de áreas suportes (as enablers), embora não sejam expressamente um opex ou capex, mas a curto prazo agregam muito às corporações, inclusive em caixa.


Uma última dica e não menos importante, no início foque em projetos de curto prazo, pois eles trazem resultado mais rápido, consequentemente mais visibilidade e entendimento do processo de transformação, inclusive podem financiar e viabilizar os projetos tecnológicos de longo prazo (os da métrica 4) - Focar nos projetos de curto prazo evita frustações e garante comemorações e exposições positivas, pois quanto mais se entrega e demonstra, isso pode trazer resultados para a valorização do início de uma transformação digital da área ou cia, que pode acontecer numa citação de investidores, elogios de um especialista do business core, na percepção, pela alta liderança, de melhora significativa dos indicadores, como a queda em custos de honorários advocatícios, diminuição do percentual de autuações, aumento do percentual em avaliações de engajamento (na própria área ou recebida do business), melhora do parecer de auditoria que traz que o balanço está mais clean, com liquidez assertivas e entre outras.


Assim, podemos concluir que iniciar o uso de ferramentas tecnológicas, tem, sim, o seu pay back, que é inicialmente financeiro e de tempo, principalmente em relação a projetos de curto prazo e que adicionalmente traz consigo também ganhos intangíveis como motivação do time, valorização do conhecimento técnico ao transformá-lo em dados estratégicos, bem como faz do profissional transacional, um profissional, de fato, Busness Partner. Atendendo o que os negócios têm requerido de áreas transacionais, como DP, fiscal, contabilidade e financeiro.

 
 
 

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